bateram à minha porta em 6 de agosto,
aí não havia ninguém
e ninguém entrou, sentou-se numa cadeira
e transcorreu comigo, ninguém.
nunca me esquecerei daquela ausência
que me satisfazia com o não ser,
com um vazio aberto a tudo.
ninguém me interrogou sem dizer nada
e contestei sem ver e sem falar.
que entrevista espaçosa e especial!
Pablo Neruda
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